Cura, para quem precisa.
Ate que ponto somos responsáveis pela nossa cura?
Digo, se de fato precisamos ser curados (e todos nós precisamos), ao que esta atrelado o fato de algumas vezes nos depararmos com tantas pessoas enfermas de alma?
Em uma primeira analise, percebo que essencialmente somos apegados. A tudo! A mudança é algo que ainda nos causa receio, mesmo que saibamos que ela é necessária e salutar. Finalmente, nosso dolo por todas as coisas, faz-nos zelosos também pelas nossas feridas. Eis que surge a síndrome de posse da ferida! (criação minha) e o seu principal sintoma é nos tornarmos tão doentes, que tudo ao nosso redor parece adoecer conosco, entretanto insistimos em viver com e ferida e por ela, que lástima!
Felizmente a tenacidade da palavra de Deus nos inspira através de uma historia fantástica, acerca de uma mulher admiravelmente empreendedora e crente: a mulher do fluxo de sangue!
E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,
E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior; Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei.E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
Marcos 5:25-29
Conta-se nas Escrituras que esta mulher sofria de uma hemorragia há doze anos, e que ao saber que Jesus passaria por determinado lugar, ela empreendeu uma estratégia para que apenas pudesse toca-lo, e desta forma fosse curada.
Notasse claramente que ela não sofria da síndrome de posse da ferida, ela desejava a cura e ao seu modo, muito sincero a meu ver, buscou alcança-la.
Analise o quadro: Uma hemorragia tende a enfraquecer o seu portador, deixando (dependendo da intensidade) ate sem forças para se locomover. Não sei precisar a intensidade daquilo que acometia a mulher do fluxo de sangue, mas o texto afirma que ela já padecia há doze anos, e definitivamente é tempo suficiente para alguém estar bem debilitado fisicamente.
Porem, a fé daquela mulher estava acima das circunstancias. Ela sabia que Jesus poderia mudar sua vida para sempre. Seu coração estava tão disposto, tão cheio de fé, a ponto de leva-la a tocar na orla das vestes de Cristo, ainda que uma multidão estivesse obstruindo o seu caminho.
Nota a sutil diferença entre ela e os que ainda estão doentes?
A cura necessita de um agente chamado fé, e isso depende exclusivamente de nós!
Se não crermos, fatalmente não buscaremos a cura, e continuaremos enredados pela ferida da qual não abrimos mão.
Eu escolhi crer, e o destino dessa escolha é o desapego da minha ferida. Confesso que não foi muito confortável e que ainda estou em processo. Todavia já noto significativa melhora no meu caminhar, e espero que um dia esta cura seja tão plena que me leve a ver a face do Senhor.
Assim como creio na cura, sei que haverá sobressaltos no caminho a fim de obstrui-lo, mas eu não preciso mais do que tocar nas vestes de Jesus, e crer que Ele é poderoso para me curar.
Desejo que se você entende, assim como eu, que precisa de cura pra ontem em sua vida, tenha singeleza de coração, suficiente para entregar a sua ferida Aquele que pode liga-la!
Deus bençõe queridos,
Gaby Simarro.
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