O PLANO DE DEUS PARA NOSSA SEXUALIDADE
Vivemos numa cultura que gasta por ano mais dinheiro com pornografia do que a soma de tudo que é gasto com música clássica, country, jazz ou rock, peças da Broadway e apresentações de balé. No tempo de Paulo, ele acusava as pessoas de adorarem seu estômago como se fosse um deus. Hoje em dia, parece que, simplesmente, esse deus encontra-se um pouco mais abaixo.
Como membro de uma igreja que cresce sem parar e que é frequentada por muitos homens – a grande maioria, jovens e viris - tenho visto como os pecados secretos da pornografia e da masturbação têm paralisado muitos deles, devido à vergonha, culpa e constrangimento que experimentam. Por isso, resolvi tratar sobre este assunto afim de discutir essas questões de um modo que aborde tanto a teologia quanto a prática, na esperança de poder contribuir para que cada um de vocês experimente o poder de perdoar, renovar e empoderar do Evangelho através da graça.
Começaremos expondo o plano de Deus para nossa sexualidade, e a seguir passaremos a examinar como temos falhado em relação a ele. Nas primeiras páginas do Gênesis, vemos que nosso Deus Triúno concluiu que tudo que criara ―havia ficado bom. A solidão do nosso primeiro pai – Adão, foi a única coisa que ele não considerou ―boa porque, apesar de toda a criação vir abaixo dele e de saber que Deus estava acima dele, Adão não tinha ninguém ao seu lado, caminhando como seu igual, o que o impedia de manifestar a comunhão trinitária de Deus por encontrar-se sozinho na terra e não em comunidade. Por esta razão, entre outras, Deus disse que ―não era bom para o homem que ele permanecesse só e assim foi criada a nossa primeira mãe, a mulher - Eva, para ser a noiva e auxiliadora de Adão. Em seguida, Deus basicamente conduziu-a pela mão ao altar até Adão, oficializando o primeiro casamento entre o primeiro homem e a primeira mulher. Deste modo, estabeleceu-se o precedente de que, embora diferentes, homens e mulheres, como repositórios da imagem de Deus, são iguais e de que o casamento é um dom a ser desfrutado por um homem e uma mulher. Finalmente, Deus considerou o resultado de tudo isso como sendo ―muito bom.

E tem mais, Deus criou o corpo masculino e feminino para que o prazer sexual fosse desfrutado dentro do casamento sem que eles tivessem que se envergonhar, o que se apreende dos famosos versos, ―Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha (Gn 2:24-25). Assim concluímos que o desejo de Deus é que os homens e as mulheres casem-se e desfrutem do prazer sexual sem se envergonharem, porque, do ponto de vista de Deus, casamento e sexo, simplesmente, estão relacionados, interligados e são exclusividade do casal.
A intenção de Deus ao criar o sexo era para ser praticado por um homem e uma mulher dentro do casamento com o propósito central de promover unidade. Neste caso, por definição, tudo que contradiz essa intenção de Deus é pecado. Portanto, podemos afirmar que a homossexualidade, a bestialidade, a bissexualidade, a fornicação, a ―amizade colorida, o adultério, a prostituição, o estupro, a poligamia, a lascívia pecaminosa - que inclui a pornografia, a prostituição, a poligamia, a pedofilia, o incesto e qualquer outra coisa que venha a ser inventada para tentar fugir do claro ensinamento das Escrituras constitui-se num ato pecaminoso.
Tragicamente, com a entrada do pecado no mundo, os seres humanos se afastaram de Deus e uns dos outros. Por exemplo, já no terceiro capítulo do Gênesis, vemos nossos primeiros pais se escondendo de Deus e um do outro, cheios de vergonha, o que gerou confusão em relação à sua nudez e à sexualidade humana. No restante do livro de Gênesis, vemos o surgimento de todo tipo e espécie de pecado sexual, porque a entrada do pecado no mundo estragou tudo, inclusive a sexualidade.
Referência: DRISCOL, M. Sexualidade e Reformissão: uma conversa franca sobre pornografia e masturbação. 1ª edição. Niterói, RJ. 2010.
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